
literatura
É comum ouvir-se que, “um homem deve fazer três coisas na vida: Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”. Foi nessa senda, que o cadte do 3º ano do curso de pilotagem Edilson Augusto Galina Fortes, um amante da literatura desde a sua tenra idade, decidiu escrever um livro, partilhando-o deste modo com o mundo o que pensa e acredita, acerca de diversos aspectos da vida.
A sessão de venda e autógrafos do primeiro livro poético de Edilson, intitulado UMA VOZ ENTRE MILHARES, cuja apresentação técnica coube ao Secretário Geral da ALCA (Associação Literária e Cultural de Angola) Eduardo Tchandja, realizou-se no dia 08 de Janeiro de 2021 na vila da Catumbela, concretamente no Jardim 8 de Janeiro, num evento que contou com a presença de seus familiares, amigos, admiradores, leitores, comandantes, colegas, etc.
Eduardo Tchandja ao tomar a palavra, teceu elogios sobre o conteúdo e a qualidade do material usado na elaboração do livro, uma característica incomum para escritores iniciantes e de tenra idade como o autor.
O Senhor Coronel Alexandre Canivete, em representação do Comandante da AFAN no acto de lançamento do livro, sublinhou no seu discurso que “O Cadete Edilson Fortes é para nós a AFAN e para Força Aérea Nacional em geral, um grande orgulho, porque reconhecemos que isto constitui um acto ímpar, pois, não são todos os dias, nem todos os anos que se verifica em todo país, um Cadete apenas do terceiro ano, com uma obra literária...”
Soldado Esquecido
Oh soldado esquecido
Nos campos de batalha
O mal amado mais amado
Que não vale mais que palha
Oh soldado esquecido
Na mente de um povo
Que por conhecer o esquecimento
Te construiu um memorial
Oh soldado esquecido
Nos dias de promoção
Quando não vê recompensado
A sua bravura na missão
Oh soldado esquecido
Cujo corpo se perdeu
E a terra o cobriu
Pois não haveria cemitério
Que conseguisse te albergar
Oh soldado esquecido
Que de tudo reclama
Que só confia na sua arma
Pois só ela a ama
Oh soldado esquecido
Nos campos de batalha
O mal amado mais amado
Que não vale mais que palha
Oh soldado esquecido
Oiço os teus clamores
Compreendo as tuas razões
E as tuas profundas dores
De não poder ver
O presente pelo qual lutou
Quando decidiu fazer
Do seu presente um passado